Foi realizado um estudo sobre Epidemiologia da Leishmaniose Viceral em municípios de Mato Grosso, desenvolvido pela doutoranda Jaqueline Aparecida Menegatti, orientada pelo professor e pesquisador Álvaro Felipe de Lima Ruy Dias, cujo trabalho, intitulado “Epidemiologia da Leishmaniose Visceral em Municípios de Mato Grosso e o Desempenho das Atividades de Vigilância: Uma Investigação Atualizada” foi aceito na Brazilian Journal of Veterinary Parasitology (Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária), Acesse o artigo: https://doi.org/10.1590/S1984-29612024008
O artigo científico aborda de maneira inovadora a epidemiologia da leishmaniose visceral, fornecendo insights valiosos sobre as atividades de vigilância nos municípios de Mato Grosso. A publicação na revista de alto impacto ressalta a qualidade e a relevância do trabalho desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da UNIC.
Resumo
A leishmaniose visceral (LV) é considerada uma doença mundialmente negligenciada. Em resposta ao cenário endêmico da LV no Brasil, foi criado o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV), que preconiza o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde, como a identificação de casos humanos e caninos, controle vetorial e prevenção da doença. Objetivamos investigar a situação epidemiológica da LV nos municípios de Mato Grosso (MT), e avaliar se as atividades do PCLV estão sendo executadas.
Os dados de casos humanos foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). E os dados dos levantamentos entomológicos e caninos foram disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde. As análises do último triênio (2019 – 2021) registraram 30 casos de LV humana, distribuídos entre 16 municípios. Vetores foram identificados em 50% dos municípios que conduziram o levantamento entomológico, e a espécie predominante foi Lutzomya longipalpis. Um total de 15,585 cães foram submetidos a exame sorológico. Destes, 18,91% foram sororreagentes para Leishmania infantum.
No entanto, é importante ressaltar que somente três municípios conduziram inquérito canino de forma consecutiva. A LV apresenta ampla distribuição no Estado, mas poucos municípios executaram as ações do PCLV, evidenciando a situação negligenciada da doença.
Fale com a coordenação: Ricardo Cesar Tavares Carvalho via e-mail ricardo.ct.carvalho@cogna.com.br
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