O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, especialmente na produção de grãos, desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do país. Dentro desse cenário, o Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera Uniderp – Campo Grande/MS, desenvolveu uma pesquisa sobre a função social e ambiental do contrato de seguro rural no contexto ESG - Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança). O estudo foi realizado pelo discente Gustavo Corrêa Bezerra de Araújo, sob a orientação dos professores Dr. Alessandro Marco Rossini e Dra. Giselle Marques de Araújo.
A pesquisa teve como objetivo principal analisar como o seguro rural pode contribuir para a sustentabilidade da atividade agropecuária, minimizando os efeitos dos riscos climáticos e econômicos, para pequenos e grandes produtores. Diante da crescente importância das práticas ESG no cenário global, instituições financeiras e investidores priorizam iniciativas que promovam responsabilidade social e ambiental. Nesse sentido, o seguro rural se apresenta como um mecanismo essencial para garantir a proteção e continuidade das atividades agropecuárias, protegendo produtores de adversidades como: secas, pragas e doenças.
Para alcançar esse objetivo, o estudo adotou o método dialético, investigando as contradições existentes entre o seguro agrícola, as mudanças climáticas e o acesso ao seguro por diferentes perfis de produtores. A pesquisa resultou na elaboração de um guia para facilitar o acesso dos agricultores à contratação do seguro rural, contribuindo para a disseminação de informações essenciais sobre o tema.
A realização da pesquisa foi devido a necessidade de compreender as condições e desafios enfrentados pelos agricultores no acesso ao seguro rural. Portanto, se insere na interseção entre economia, direito e ciências ambientais, considerando aspectos jurídicos, econômicos e sociais da questão. Sendo que o estudo destaca que o incentivo do seguro agrícola pode ser uma estratégia eficiente de política pública para mitigar desigualdades e fortalecer o setor.
Os pesquisadores apontam que o seguro agrícola é uma ferramenta indispensável para a gestão de riscos no campo, especialmente diante das incertezas climáticas que afetam diretamente a produtividade agrícola. A pesquisa reforça a importância dos subsídios governamentais para tornar o seguro acessível aos produtores, promovendo a estabilidade da produção e a segurança alimentar no país. Em pesquisas, os autores observaram que a maior parte dos recursos foi direcionada para a produção de soja, conforme Figura 1, indicando mais estudos sobre o assunto.
Figura 1 – Atividades – Apólices – Histórico

Fonte: MAPA (2023)
Concluindo, o estudo sugere a ampliação das políticas públicas voltadas para a gestão de riscos climáticos na agricultura, integrando diferentes atores do setor, como: seguradoras, governos, agricultores e organizações de apoio à agricultura familiar. A pesquisa evidencia que um modelo de seguro rural mais acessível e bem estruturado pode ser um aliado fundamental para garantir a sustentabilidade do agronegócio brasileiro no paradigma ESG.
Acesse a pesquisa na íntegra no Repositório do Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera: https://repositorio.pgsscogna.com.br/handle/123456789/68038
Saiba mais sobre o Programa em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional: https://pgsscogna.com.br/meio-ambiente-e-desenvolvimento-regional/ ou fale com a coordenação via e-mail: higo.dalmagro@cogna.com.br