Produção Técnica-Científica

Engravidei, e Agora, Posso Fazer Atividade Física?

A gestação é um período de intensas transformações fisiológicas, esqueléticas e psicológicas, exigindo cuidados específicos para garantir o bem-estar materno e fetal. Estudos apontam que a prática regular de atividades físicas auxilia no controle do ganho de peso, na redução do risco de Diabetes mellitus gestacional e de pré-eclâmpsia, além de contribuir para o alívio das dores lombares, um dos desconfortos mais comuns entre as gestantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos de intensidade moderada por semana, associados a atividades de fortalecimento muscular e alongamento. O Quadro 1 indica as modalidades e os tipos de exercícios.

Quadro 1 – Modalidades e tipos de exercícios.

Fonte: Gregg e Ferguson (2017).

A prática de exercícios físicos durante a gestação tem sido amplamente estudada e reconhecida por seus diversos benefícios para a saúde da gestante e do bebê. Com o intuito de contribuir para a orientação de profissionais da saúde na prescrição de programas de exercícios específicos para gestantes, como exercícios para membros superiores e inferiores; fortalecimento da lombar e abdômen; alongamento; e fortalecimento do assoalho pélvico. 

Nesse sentido, a discente Pamela Alvim Amazonas de Aquino do Programa de Pós-Graduação em Exercício Físico na Promoção da Saúde, da Universidade Anhanguera Unopar, sob a orientação do Prof. Dr. Márcio Rogério de Oliveira, desenvolveu um estudo detalhado sobre o tema. Como resultado da pesquisa, foi elaborado um material didático e prático. Ou seja, um guia para subsidiar Profissionais da Saúde de forma mais segura e eficaz no acompanhamento de gestantes quanto a realização de exercícios físicos. 

Figura Exercício de Afundo.

Fonte: Aquino (2023)

A pesquisa apresenta um programa estruturado de exercícios físicos adaptados para cada trimestre da gestação, conforme as particularidades de cada fase gestacional, respeitando as mudanças corporais e garantindo a segurança da prática. No primeiro trimestre, por exemplo, as sessões priorizam adaptações para minimizar o impacto das náuseas e da instabilidade da pressão arterial. No segundo trimestre, é possível trabalhar com maior intensidade, aproveitando a fase em que a gestante se sente mais disposta. Já no terceiro trimestre, os exercícios são ajustados para lidar com alterações posturais e o aumento do peso fetal, minimizando os riscos de quedas e desconfortos musculares.

A iniciativa representa avanço significativo na interseção entre atividade física e saúde materno-fetal, promovendo uma gestação mais saudável e melhor recuperação pós-parto. Destaca-se, portanto, a importância o acompanhamento de um profissional para a prescrição dos exercícios, garantindo que sejam realizados com segurança e de forma personalizada.

O material didático está disponível na íntegra no Repositório do Programa de Pós-Graduação em Exercício Físico na Promoção da Saúde da Universidade Anhanguera Unopar https://repositorio.pgsscogna.com.br/handle/123456789/58550

Referências

GREGG, V.H.; FERGUSON, J.E. Exercise in pregnancy.Clin. Sports Med., v.36, n.4, p.741-752, 2017.

Saiba mais sobre o Programa em Exercício Físico na Promoção da Saúde acessando https://pgsscogna.com.br/exercicio-fisico-na-promocao-da-saude/

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