A leptospirose bovina é uma doença infectocontagiosa, sendo considerada como importante enfermidade causadora de falha reprodutiva, morte embrionária ou abortamento, ocasionando perdas econômicas significativas em rebanhos bovinos de corte e de leite.
Trata-se de uma zoonose de distribuição mundial e pode se apresentar de forma assintomática, porém, a principal manifestação clínica da leptospirose nos bovinos é nascimento de bezerros fracos, prematuros ou natimortos, limitando a produção e acarretando a elevação de custos de produção.
Nos bovinos as leptospiras penetram através da pele ou da mucosa, desencadeando uma infecção sistêmica. Pode haver a transmissão das leptospiras para o ser humano e outros animais (silvestres ou domésticos), por meio do contato com a urina, sangue ou tecidos de animais infectados. Em humanos, a leptospirose se manifesta geralmente de forma subclínica, porém, quando apresenta a forma mais grave, os sinais clínicos são febre abrupta, acompanhada de cefaleia; mialgia; dor na panturrilha; prostração; icterícia; anorexia; náuseas; e vômitos
Tratando-se de prevenção é importante fornecer aos animais água e alimentos de boa qualidade, promover a limpeza e desinfecção das instalações nas quais os bovinos têm acesso e a vacinação dos animais em risco.
O estado de Mato Grosso se destaca por possuir o maior rebanho bovino do Brasil. O Pantanal, localizado ao sul do estado, possui cerca de 200 mil quilômetros quadrados, formado por uma planície periodicamente inundável, com áreas extensas de campos naturais, que contribuem com a atividade da bovinocultura. Contudo, essas condições também podem acentuar a ocorrência da doença por conta das chuvas intensas, uma vez que a água representa um fator importante para a dispersão do patógeno.
Apesar da grande relevância dos bovinos na epidemiologia da leptospirose, pesquisas sobre este gênero nesses animais no estado de Mato Grosso ainda são escassas. Em função da pequena quantidade de estudos, principalmente os que envolvem reprodutores, pouco se sabe sobre a ocorrência da bactéria em touros nesse Estado, especialmente no bioma do Pantanal, sendo de extrema importância compreender como zoonose pode ser minimizada e/ou evitada.
Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade de Cuiabá, MT, com o objetivo de investigar a presença de bactérias do gênero Leptospira em touros provenientes de propriedades rurais do Pantanal Mato Grossense. A pesquisa desencadeou a tese, orientada pela Profa. Andreia Lima Tomé Melo, cujo título é: Leptospirose Bovina e Investigação de Leptospira spp. em bovinos de propriedades do Pantanal Mato-Grossense, disponível no link: https://repositorio.pgsscogna.com.br/bitstream/123456789/53792/1/Tese%20corrigida%20-%20Raisa%20Barros%20Magalhaes%20de%20Lima%20%2009-05-23.pdf
Saiba mais sobre Programa em Biociência Animal: https://pgsscogna.com.br/biociencia-animal/ ou fale com a coordenação Ricardo Cesar Tavares Carvalho pelo e-mail ricardo.ct.carvalho@cogna.com.br
