Pesquisa Científica

Bruxismo em Vigília entre Acadêmicos de Odontologia

Bruxismo é um termo genérico, pois agrupa diferentes atividades motoras dos músculos orofaciais.  Popularmente conhecimento pelo apertar ou ranger dos dentes e pela contração da mandíbula, sem que os dentes estejam em contato. Hábito parafuncional associado à duas manifestações circadianas diferentes, podendo ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou acordado (bruxismo em vigília). 

O bruxismo em vigília é caracterizado por contrações repetitivas ou sustentadas da mandíbula durante o estado de vigília, sem finalidade funcional, frequentemente ligado a fatores psicossociais como estresse, ansiedade e tensão emocional. Pensando na qualidade de vida de estudantes universitários, o mestrando Denis Alexandre Furtado, do Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas Integradas da Universidade de Cuiabá – UNIC/MT, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Evaristo Ricci Volpato, desenvolveu uma pesquisa analisando a prevalência do bruxismo em vigília entre estudantes de Odontologia, com foco em sua possível associação com a adicção (vício/dependência) a smartphones.  

Diante do crescente uso de smartphones e do aumento dos níveis de ansiedade e estresse entre universitários, a pesquisa buscou compreender como essas variáveis se relacionam. No desenvolvimento da pesquisa, foi aplicado um questionário estruturado contendo perguntas sobre características socioculturais, hábitos relacionados ao uso de smartphones e sintomas autorrelatados de bruxismo em vigília. A metodologia permitiu traçar um panorama do comportamento dos estudantes em relação ao distúrbio e identificar possíveis fatores associados. 

Os resultados indicaram prevalência significativa de bruxismo em vigília entre os participantes, com associação estatisticamente relevante com o turno de estudo matutino e com comportamentos compatíveis com adicção ao uso de smartphones. Por outro lado, não foram observadas associações entre o bruxismo em vigília autorrelatado e variáveis como: gênero, faixa etária, estado civil, trabalho remunerado, parentalidade ou tempo de estudo. 

A pesquisa também reforça a hipótese de que o bruxismo em vigília não está relacionado a fatores anatômicos, mas a aspectos centrais do sistema nervoso, intensificados por fatores emocionais e comportamentais. Tais manifestações podem comprometer a saúde bucal e geral dos estudantes, levando ao desenvolvimento de disfunções temporomandibulares, além de impactar negativamente a qualidade de vida. 

Diante desses achados, o estudo destaca a importância de ações institucionais voltadas à promoção da saúde mental no ambiente universitário, bem como de estratégias de orientação quanto ao uso consciente de dispositivos móveis. O reconhecimento precoce do bruxismo em vigília e o tratamento adequado podem contribuir significativamente para o bem-estar dos estudantes durante a graduação. 

Para mais informações, acesse a pesquisa na íntegra no Repositório Institucional:  https://repositorio.pgsscogna.com.br/handle/123456789/68861 

Saiba mais sobre o Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas Integradas em: https://pgsscogna.com.br/ciencias-odontologicas-integradas/ ou fale com a coordenação via e-mail alexandre.borba@cogna.com.br

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