A interação entre Universidades e Empresas tem-se mostrado fundamental para aprimorar técnicas, serviços e fomentar inovações. Nesse contexto, a parceria entre a Universidade Anhanguera Uniderp e o Laboratório de Análise de Sementes Seminal, ambos de Mato Grosso do Sul, permitiu o desenvolvimento de uma pesquisa com análise detalhada e precisa, trazendo benefícios significativos para o setor sementeiro, um dos maiores suportes da agricultura nacional.
A pesquisa desenvolvida, no Programa de Pós-Graduação em Agronegócio Sustentável, da Universidade Anhanguera Uniderp, por Ingrid Nayanne Pereira Gomes, sob orientação da professora Bianca Obes Corrêa, teve como objetivo avaliar a qualidade das sementes de espécies e cultivares do gênero Urochloa oriundas de diferentes campos de produção do Mato Grosso do Sul.
O papel fundamental do Laboratório Seminal na parceria foi analisar se houve interferências das condições climáticas nos campos de produção que incidiram diretamente nos parâmetros da qualidade fisiológica, física e sanitária de amostras de espécies Uroclhoa brizantha cv. Marandú e Piatã, U. humidicola cv. Humidicola e Llanero, U. ruziziensis cv. Ruziziensis colhidas por dois métodos: colheita de cacho e varredura.
A pesquisa demonstrou que nos campos com menor precipitação, a presença dos fungos Fusarium sp. e Rhizoctonia solani foi maior, provocando influência negativa na qualidade fisiológica. Ressalta-se que estes dois fungos fitopatogênicos, produzem estruturas de resistência, que permanecem ao solo e são transmissíveis por sementes. Além disso, a altas temperaturas associadas a alta precipitação durante a maturação e colheita favoreceram a incidência de maior número de fitopatógenos, independente da espécie e cultivar. Ou seja, existe um potencial muito grande de que as sementes possam carregar os patógenos para diferentes áreas.
O Brasil se destaca na produção e exportação de sementes para diferentes países e tendo em vista, que os resultados da pesquisa demonstraram correlação direta, entre elementos climáticos como precipitação e temperatura para incidência de fungos e interferências sobre parâmetros de qualidade sanitária e fisiológica, além de potencializar a contaminação dos lotes com fitopatógenos, os pesquisadores sugerem para as próximas safras, a busca por estratégias de mitigação dos efeitos climáticos sobre campos de produção de sementes de forrageiras.
Para mais informações acesse o trabalho pelo link: https://repositorio.pgsscogna.com.br/bitstream/123456789/67888/1/DISSERTACAOINGRIDNAYANNE%20versao%20final.pdf
Saiba mais sobre o Programa em Agronegócio Sustentável: https://pgsscogna.com.br/agronegocio-sustentavel/ ou fale com a coordenação: Denise Renata Pedrinho pelo e-mail: denise.pedrinho@cogna.com.br