O histórico de utilização de plantas medicinais data de tempos remotos, fazem parte da evolução humana e foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos antigos. Recorrer às virtudes curativas de certos vegetais foi uma das primeiras manifestações do esforço do homem em compreender e utilizar a natureza para sanar ou apaziguar uma das suas mais antigas preocupações, originadas por doenças e sofrimento físico.
No Brasil a utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta influências marcantes das culturas africana, indígena e europeia. Citamos aqui como exemplo, a contribuição dos escravos africanos, cuja tradição do uso de plantas medicinais se deu, por meio das plantas que trouxeram consigo, utilizadas tanto em rituais religiosos, quanto por suas propriedades farmacológicas. Esses “tratamentos” com ingredientes da natureza, foram norteados pelos conhecimentos tradicionais aprendidos com seus antepassados e repassados as gerações posteriores; e que apesar de estarem baseados no senso comum, o crivo do conhecimento científico, hoje disponível, demostra sua eficácia.
Desta forma, na atualidade é possível verificar que a maioria desses procedimentos curativos não foram arbitrários e nem inconsequentes. Baseavam-se em saberes práticos, sistematizados ao longo dos séculos e repassados as gerações seguintes. Segundo dado atual da Organização Mundial da Saúde – OMS aproximadamente 80% da população mundial utiliza plantas medicinais para o tratamento de diversas patologias; tendo em vista que a OMS define plana medicinal como vegetal que possui substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos, ou precursores de fármacos semissintéticos.
Referindo-se ainda a atualidade, há certo consenso entre os pesquisadores de que a área da saúde espreita uma ressignificação dos valores etnobotânicos e sua contribuição ao longo das gerações, na determinação de novos preceitos sobre doenças e curas, frente ao conhecimento científico estabelecido.
Diante do relato, destacamos o estudo realizado no Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera Uniderp, do qual derivou a tese: Cura Pelas Plantas Medicinais: da Pré-História à Idade Contemporânea, orientada pela Profa. Rosemary Matias, cujo objetivo foi analisar a relação do homem, da pré-história a idade contemporânea e o uso de plantas medicinas.
Link da dissertação: //repositorio.pgsscogna.com.br/handle/123456789/60462
Saiba mais sobre o Programa em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional: https://pgsscogna.com.br/meio-ambiente-e-desenvolvimento-regional/ ou fale com a coordenação:
Higo José Dalmagro pelo e-mail higo.dalmagro@cogna.com.br